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ORIENTAÇÕES INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS

    Os associados Dr. Paulo Bonilha (integrante da Comissão de Saúde e Segurança) e Dra. Marieta Marques escreveram algumas orientações e cuidados de infecções respiratórias típicas de outono. A seguir:

ORIENTAÇÕES DA COMISSÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA TENDO EM VISTA AS INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS DA INFÂNCIA, TÍPICAS DO OUTONO/INVERNO.

     Todos os anos, por volta de março, junto com o outono, chegam os surtos de viroses respiratórias. Adultos e principalmente crianças, afetados pelas grandes diferenças de temperaturas (com as manhãs e noites frias, mas dias quentes) e pela maior disponibilidade de pessoas eliminando vírus no ambiente, começam a apresentar tosse, coriza/obstrução nasal/espirros, dor de garganta e às vezes cefaléia, vômitos, dores pelo corpo e febre.
    Tratam-se de doenças autolimitadas, em geral benignas, que costumam resolver em torno de uma semana, mas nas crianças pré-escolares pode resultar em semanas de tosse arrastada, demandando avaliação médica.
    A grande maioria dos casos se beneficiará com medidas simples como a fluidificação das secreções, através do aumento da ingesta hídrica, com muita água, sucos de frutas cítricas (ricas em vitamina C !), chás, etc. Neste sentido também é importante aplicar soro fisiológico nasal, evitando as apresentações que ainda possuem o conservante cloreto de benzalcônio, que, hoje se sabe, é um irritante nasal. Se necessário, também antitérmicos/analgésicos com moderação e eventualmente soro fisiológico por via inalatória, em caso de tosse com muita secreção catarral. Aquelas crianças que são tratadas com homeopatia ou medicina antroposófica podem também fazer uso de medicações específicas destas linhas.
   Além disso, nestes casos sempre surge a dúvida na família: encaminhar ou não a criança para a escola? Sempre que possível deve-se evitar o contato da criança doente com as demais, recomendando-se que fique em casa, não só a fim de evitar a transmissão da doença, mas também para repousar e receber cuidados dos familiares. Entretanto, considerando-se a duração às vezes longa dos quadros isso acaba se tornando inviável por muitos dias. Assim, sendo recomenda-se ao menos que:
    - A criança não seja encaminhada para a escola enquanto apresentar febre (temperatura maior ou igual a 38°C), sendo adequado que, por garantia, permaneça pelo menos 24h afebril antes de retornar;
     - Ao voltar à escola, até completo desaparecimento da tosse/coriza, a criança (principalmente se for pequena, do jardim) e suas professoras sejam estimuladas a lavar as mãos (e os brinquedos que a criança utilizar) com água e sabonete, com freqüência, em especial após contato com secreções nasais e orais;
    - Finalmente, não se deve permitir que as crianças compartilhem copos, toalhas e outros objetos de uso pessoal.

REFLEXOES ANTROPOSÓFICAS SOBRE AS INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS DA INFÂNCIA TÍPICAS DO OUTONO/INVERNO

    É necessário que entendamos o sentido transformador da doença e respeitemos o repouso e cuidados necessários ao corpo, o acolhimento materno ou da figura que a represente.
     As doenças próprias da infância têm este sentido, são as crises destes primeiros setênios. Simplesmente usarmos sintomáticos e envia-las para a escola, seria o equivalente ao que muitos adultos fazem com as suas crises, apenas tratando os seus sintomas com a grande gama de medicamentos à disposição no mercado farmacológico. É importante que lembremos que a doença representa um importante fator constituinte no desenvolvimento humano.
     Lembrarmos também de manter o ritmo de sono, alimentar, manter a temperatura do corpo (nossa escola pela manhã é sempre mais fria e nem sempre as crianças estão adequadamente vestidas), lembrar dos calçados fechados, já que a estação mudou, fazer uso dos chás em abundância, aproveitar que chegou o frio e cultivarmos este hábito. Para os resfriados, a família das Labiadas, como o Tomilho, bom para a tosse, Hortelã e Sálvia; os escalda pés, além do carinho de quem faz, trazem alivio de alguns sintomas da febre, principalmente se os pés estão frios. E quando a criança ficar em casa, evitar os eletro eletrônicos que a desvitalizam ainda mais.
     Outono traz a introspecção, precisamos disto após a expansão completa deste nosso verão brasileiro de praia e carnaval e assim nos prepararmos para a Páscoa!
Quem sabe este também não seja um sentido para as nossas doenças do outono?

      Bom Outono para todos!

DR. PAULO BONILHA - médico pediatra & DRA. MARIETA MARQUES - médica antroposófica.

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