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Euritmia na escola


A euritmia é uma arte de movimento que pretende tornar visível os sons da música e das palavras. Curricular nas Escolas Waldorf, é indicada para crianças a partir de 3 anos de idade e acompanha seu desenvolvimento até o último ano do Ensino Médio. A euritmia pretende dar subsídios às peculiaridades de cada fase infantil através de um currículo bastante diversificado.
Durante a primeira infância, a criança desenvolve sua vitalidade, seu corpo etérico, enquanto este plasma o corpo físico. A formação dos órgãos vai sendo concluída e quanto mais saudável estiver a criança, e de quanto mais forças etéricas ela dispor, melhores serão as bases para seu desenvolvimento e aprendizagem posterior.
No primeiro setênio, a euritmia tem como principal tarefa contribuir para o fortalecimento deste corpo vital. Vida prescinde de movimento e, curiosamente, os movimentos etéricos são os mesmos movimentos que são formados na laringe, quando falamos. São estes movimentos que fundamentam as aulas no jardim, os quais são realizados a partir de imagens e histórias.
Já no Ensino Fundamental, o currículo de euritmia é ousado e diversificado. A criança neste segundo setênio já não precisa mais das forças etéricas para moldar o corpo físico, podendo agora usá-las como capacidade de formar imagens, guardá-las na memória e chegar à abstração. Nas aulas de euritmia, iniciamos a exploração do espaço através de coreografias que vão se tornado cada vez mais complexas e exigentes. A geometria é vivida espacialmente, assim como suas progressões e transformações. É nesta fase que a alma da criança em suas três dimensões – pensar, sentir e querer, vai se desenvolvendo e ganhando mais nuances e habilidades. Neste momento, do desabrochar do corpo astral, a euritmia contribui através de vivências musicais e poéticas, permitindo que flua pelo corpo todo qualidades que estão sendo vividas na alma.
Aos 14 anos a alma do jovem está emancipada, mas sua individualidade, seu Eu ainda não. A casa está pronta, mas seu dono ainda não sabe bem quem ele é e como habitá-la. Isto torna o jovem vulnerável e cheio de altos e baixos. O caminho que ele trilha neste terceiro setênio deve ser o de desenvolvimento da autonomia para o encontro de sua identidade. Neste sentido, a arte eurítmica tem agora um aspecto artístico mais objetivo e pretende que no decorrer do Ensino Médio o jovem possa expressar cada vez mais sua individualidade, sua singularidade, apropriando-se desta arte e dando a ela uma expressão própria.
A Escola Veredas vai hoje apenas até o 9º ano. Abaixo, relatos de alunos do nosso atual 9º ano, de como eles vêm a euritmia nesta fase da vida escolar.
Elisa Manzano
Professora de Euritmia

“Sempre quis saber o que era a euritmia, aquela curiosidade de aluno. Algo estranho é que eu nunca consegui me lembrar da resposta da professora, eu perguntava, ala respondia, mas isso não se fixava na minha cabeça. Hoje é o mesmo, nós sempre perguntamos qual o sentido de fazermos isso. Mas agora a resposta concreta e quase robotizada do professor responder já não serve mais. Meu pensamento está comigo e por mim a euritmia foi feita para nos ajudar a crescer “correto” no corpo, com a coordenação e com os movimentos amplos e a alma com leveza, controle e sua verdadeira postura no mundo.” Vinícius Facure Alves, 9º ano 2013

“Entro na sala eufórica, ainda conversando sobre a aula anterior e também outros assuntos. A professora pede silêncio desesperadamente, tentando chamar a atenção de todos. Muitos param de falar e começam a fazer o que é proposto, outros fazem também mas continuam falando, o que acho uma falta de respeito. Quando finalmente todos fazem silêncio, já sinto a ternura chegar. Minha pressa e ansiedade se esvai. Depois de nos aquecermos e sentirmos a música, um mar de ideias invade o espaço. Não sinto medo de me expressar tanto com o movimento quanto com as ideias. E quando o mar se transforma em movimentos leves e precisos, me sinto segura. Já no final, o silêncio permanece até sairmos da sala, como se uma brisa levasse minha fala pelos ares.” Luisa Pompeo Pereira, 9º ano 2013

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